Cursos e Conferências

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Esta página dispõe de 15 cursos e conferências que abordam diversos temas da Psicanálise, a partir de uma leitura lacaniana.

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(2022) Psicanálise e política dos corpos
(2019) Sonho e tempo
(2018) É o fim!
(2017) A psicanálise do fim do mundo
(2016) Livro de bolso do psicanalista cidadão
(2016) Aforismos
(2015) Lições do passe: o corpo falante
(2010) Paixões em análise

(2009) Ressonâncias da interpretação
(2009) RSI: A trindade infernal de Lacan
(2009) A presença do Outro

(2008) Invenções
(2008) A política do sintoma
(2007) Lições da Psicose
(2006) Artesanato lacaniano

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Psicanálise e política dos corpos
(2022)

A psicanálise está não na cidade da mesma maneira que nos tempos de Freud ou de Lacan. Não se encontra com as mesmas queixas, nem com os mesmos corpos. Como não ver que a cidade mudou? No Outro de nossos tempos, o patriarcado tem não tem mais o mesmo valor de referência universal. Explodem as tribos e as particularidades do tribalismo contemporâneo.

Como o inconsciente não é estático, como ler seu lugar e função nessa essa nova configuração da relação entre o Outro, o imaginário dos corpos e o real? Como ler a explosão de novas identidades, particularizadas ao infinito, sem banalizar ou reduzir a função do imaginário?

O que a psicanálise pode fazer? O essencial, para nós é partir do pressuposto de que apesar de estarmos em um contexto talvez mais refratário à suposição de saber isso não significa que há necessariamente rechaço do inconsciente, mas apenas que precisamos descobrir como trabalhar com ele em um novo horizonte.


Sonho e tempo
Com Romildo do Rego Barros
(2019)

Esse seminário tem como eixo os sonhos.
Foram privilegiadas duas direções principais: o sonho como um lugar e o sonho como tempo.
(Em formato de vídeo)


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É o fim!
(2018)

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É o fim! Expressão que indica em geral, indignação, basta, não é possível, é o fim da “picada”, o que tentamos fazer nesse seminário, foi, não ficar na indignação e pensar se é o fim, e o fim do quê?.

Nossa ideia era partir do fim do mundo como um ponto, diagnóstico por um lado e ao mesmo tempo, lançamento de investigação: se há algum fim de quê e esse o lugar onde este fim se deu, a psicanálise tem lugar e como?


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A psicanálise do fim do mundo
(2017)

Quando abordamos a singularidade como sinthoma assumimos que ela seja aquela fração de vida que habita e perturba cada um de nossos dizeres, sem jamais neles se inscrever. Deste ponto de vista, o trabalho da análise não será o de decifrar, nem editar a singularidade, mas o de “colher”, segundo Lacan, em uma rede de escrita.

O que será isso? Veremos, mas já sabemos que essa rede vai colher alguma coisa que estará sempre fora da história, na borda do mundo, como o barulho do cabelo em crescimento, ou da barriga digerindo o pão (como canta Arnaldo Antunes). Proponho, então, aos interessados a pretensão de reunir uma reflexão sobre a política do sinthoma, sobre seu fazer na borda do mundo subjetivo, inscrevendo o que não se escreve, com a exigência atual de encontrar os nomes do real de nossos dias tão apocalípticos.

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O livro de bolso do psicanalista cidadão
(2016)

Conceitos lacanianos para nossos dias

Os conceitos forjados por Lacan têm sido ferramentas essenciais para os que, como eu, fazem da aventura de uma análise o coração de seus dias. Mas até onde estes conceitos podem nos ajudar fora dessa experiência, na vida, cada vez mais dura, de nossas cidades?


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Aforismos
(2016)

Aforismos podem ser definidos como: “qualquer forma de expressão sucinta de um pensamento, frase breve que condensa um princípio ou máximas que transmitem uma ideia forte” (cf. Wikipedia).

Lacan apostava que, a partir dos aforismos seria possível propor uma melhor explicação do que a partir de alguma representação, uma vez que são capazes de condensar uma ideia e trazer indagações, e até mesmo uma espécie de provocação. Lacan montava seus Seminários a partir de aforismos, ao invés de preparar uma aula panorâmica. Os aforismos colocam aquele que estuda Lacan em um certo jogo que baliza o desenvolvimento da ideia. Não se trata de um ensino com base na explicação ou convencimento, mas de uma suposição de saber. Mais uma vez, o ensino de Lacan se apresenta análogo à clínica.

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Lições do passe: o corpo Falante
(2015)

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Como podemos pensar diferença entre o corpo implodido e fabricado de hoje do corpo tal como a análise nos leva a considerar?  É que ela nos mostra como nos sustentamos em peças avulsas, como uma colagem surrealista, simultaneamente pedaços de gozo e de linguagem. Aceitar a aposta do inconsciente é assumir a seguinte premissa: o que nos sustenta como Um não é o que o espelho nos devolve. Esta aposta nos abre à profusão de imagens e de fragmentos que gravitam a nosso redor. É sobretudo nela que encontraremos essa sustentação. 


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Paixões em análise
(2010)
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É possível com o afeto aprender sobre a psicanálise? Em que ele nos conduz ao que acontece numa análise? Existe uma ideia geral de que o afeto é sem saber. Uso “saber”, aqui, no sentido de Lacan, sentido vasto, que quer dizer conhecimento, mas também arquivo e registro, não necessariamente consciente. Neste sentido, podemos dizer que a paixão na cultura é pensada no registro de um nãosaber – “não sei o que deu em mim”. Ao mesmo tempo, o que “dá em mim”, em termos passionais, sempre parece habitar meu corpo. Vir do meu corpo, ou ter a ver com meu ele. A articulação entre corpo e saber então, merece ser interrogada também a partir do afeto.


(2009)
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Fenômeno pelo qual um corpo oscila quando o atingem vibrações produzidas por outro. Designa igualmente a tendência de um sistema a oscilar em máxima amplitude em certas frequências, conhecido como ‘frequências ressonantes’. Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois o sistema armazena energia vibracional.


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Real, Simbólico e Imaginário: A trindade infernal de Jacques Lacan

(2009)

Para começar este percurso com a “trindade infernal” de Lacan, como ele se referiu certa vez à sua tripartição real-simbólico-imaginário, pensei em uma sequência de perguntas do incauto ideal.

Inicialmente, ele é afetado a partir de uma posição de exterioridade com relação ao sintoma: você pode me livrar de meu sintoma? De quê sofro?

Mas ele pode passar a se perguntar sobre a parte que lhe cabe em seu sofrimento: Por que sofro assim? Em que meu jeito de ser ajuda ou atrapalha no que me aflige? Finalmente, ele passa a ter a si mesmo como objeto: O que é este meu jeito? Posso ser outro?
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A presença do Outro

(2009)


Bem-vindos a esta série de encontros que terão por norte A presença do Outro. Nossa premissa será a de que a presença do Outro é o motor de uma análise e essa presença não diz respeito a um além, mas se circunscreve pela fala e pode, pela própria fala, nos levar a novos horizontes e destinos. Pretendo, com essa proposta, extrair algumas consequências da teoria lacaniana do objeto a com relação à experiência do inconsciente e ao tratamento analítico. Minha base material para esse percurso serão as indicações de Lacan que pude reunir, a partir da leitura de J.-A. Miller sobre o tema, e que ordenei no livro Restos – uma introdução lacaniana ao objeto da psicanálise. O vôo que vamos empreender em direção a novas terras se relaciona especialmente a conceituação do objeto-voz com base na alucinação auditiva, por um lado, e à voz na música, por outro. 


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Invenções

(2008)

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Espero que nestes encontros possamos chegar a algum tipo de definição estável do que vimos chamando de “invenção” a partir das indicações de J. A. Miller. Buscaremos colocá-la em tensão com o tema da “criação”. Uma invenção não é uma criação. Ela é uma montagem, tecelã, feita de restos, ou de “materiais preexistentes”, para usar os termos de Miller. Ela se fundamenta no apoio decidido de Lacan nó borromeano em seus últimos seminários e na teoria da foraclusão generalizada, estabelecida por Miller com base nestes seminários.

Neste contexto uma invenção é uma articulação de elementos heterogêneos que sirva a uma sustentação estável de um lugar para si no Outro. A este paradigma, oporemos o tema da “extração de objeto” como conclusão do percurso analítico e até mesmo de estabilização. Um resto fatasmático, ou uma montagem deles, se destaca do Outro e ganha estatuto especial, relacionado por Lacan no Seminário 7 à Coisa.


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A política do sintoma

(2008)

O tema de uma política psicanalítica do sintoma pode ser introduzido com a pergunta: Por quê valeria a pena, para a psicanálise e para saúde mental, falar hoje em sintoma?

Política é um aparente contraponto “macro” ao um-a-um da clínica, foi a maneira que encontramos para delimitar nosso programa de trabalho. Propor esta hipotética política do sintoma corresponde a traçar um plano para avaliar o quanto a psicanálise seria capaz de apoiar-se no que ela tem de mais concreto, o sintoma, para se fazer presente no mundo.

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Lições da psicose

(2007)

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A base do percurso é a concepção lacaniana do Nome do Pai, tal como apresentada no Seminário 3, a seguir corrigida por suas indicações sobre o Outro e o furo no Seminário 10 e finalmente associada à sua relativização a partir da noção de nó borromeano, no Seminário 23.  

Este percurso é elaborado por Jacques Alain Miller em seu seminário Orientação lacaniana e explicitado sobretudo em A conversação de Arcachon e O último ensino de Jacques Lacan.  

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Teremos dois textos de base para essa investigação. O Seminário 10 de Lacan sobre a angústia, que nos serviu de base no ano passado e sobre o qual já tecemos algum solo comum e o Seminário 23 sobre o sinthoma. Ele é a base desta que tem sido conhecida como clínica borromeana. Tentaremos situar este seminário como uma introdução, com toda calma e paciência necessárias à abordagem desta ferramenta que revolucionou a teoria lacaniana, o nó.