Para começar

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Esta página dispõe de artigos e comunicações de Marcus André Vieira que trabalham conceitos “para começar” da clínica psicanalítica, a partir de uma leitura lacaniana.
Total de 34 textos


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Depois de um breve apresentação sobre as entrevistas clínicas, o texto traz, com toda ironia, pequena cartilha da entrevista lacaniana. 


“Só pode um homem amar a partir de uma posição feminina?”

É possível viver uma paixão a partir do falo e da fantasia, mas que não seja por eles exclusivamente determinada? O que seria amar deste lugar sem lugar? E, finalmente, seria isso ainda amor e não puro abismo? 


Sobre a teoria lacaniana da contemporaneidade

A teoria lacaniana da contemporaneidade não supõe uma ruptura com a modernidade e sim uma mudança de registro fundada na exacerbação de algo que já lá estava e em uma nova aliança entr e seus principais personagens. Por essa razão, somos levados a recusar o termo pós-modernidade. A contemporaneidade lacaniana é assim uma altamodernidade, ou como prefere Miller, uma hipermodernidade.


O presente artigo pretende abordar, por meio do caso “O Homem dos Ratos”, o caráter ficcional da neurose.

Partindo da proposição lacaniana de que a neurose nasce de um furo no saber soberano, o que se busca ressaltar é que, por mais que haja uma intensificação dos excessos e da falta de referências na contemporaneidade, a angústia e o sintoma já estavam presentes desde os tempos de Freud. Investigaremos o complexo de Édipo, fundador do mito de origem, lançando luz sobre o aspecto paradoxal da castração.


Sobre interpretação e tradução.

Se apoia no conto “Meu tio Iauaretê” de G. Rosa para demonstrar a presença da voz no texto como paradigma da interpretação freudiana. 


Prefácio do livro Uma Força Estranha que me leva a cantar: A clínica das psicoses entremeada por canções de Bianca Bruno.


Posfácio à Histórias clínicas (cinco casos paradigmáticos da clínica psicanalítica)

Este livro reúne histórias, mas, também, casos, pois, além de descreverem uma trajetória, contam um “causo”: o do encontro de cada um deles com o modo de intervenção de Freud. 


O tema, “ler Lacan”, parece um pouco assustador.

Não apenas pela reputada dificuldade do texto, mas, sobretudo – com relação ao que nos ocupará aqui – pela aparente necessidade de leituras complementares. Não menos célebre do que o estilo é o enxame de referências que parecem necessárias à decifração do texto.  


Sobre angústia, trauma e fantasia

As relações entre angústia, trauma e fantasia a partir de fragmentos do “Analista de Bagé” de Luis Fernando Veríssimo. Uma hipótese é esboçada sobre a atualidade de uma dificuldade em recorrer à fantasia como esteio para o desejo, levando à angústia crescente. O caminho do riso seria a solução? Como?


Uma análise, para Lacan, pode oferecer um destino novo para essa nossa base fora de esquadro. Contará para isso com o que o tumulto deixou como marcas. É possível trazê-lo para o campo do que somos desde que se possa fisgá-la em uma rede feita dessas marcas. 


Sobre a noção de corte, a partir de uma leitura lacaniana.


Versão remanejada e aumentada do texto “Cortar”


psicanálise e psicoterapia

Novamente o analista de Bagé, de Luis Fernando Veríssimo é convocado, desta vez para esclarecer a diferença entre a intervenção psicoterapêutica, sempre presente em uma análise e o ato analítico, como sua operação essencial. 


O grande Outro

Buscando uma chave para o trajeto aqui proposto – psicose, instituição e psicanálise, decidi apoiar-me em um quarto termo, o Outro. Das inúmeras delimitações do outro, com maiúscula, o grande Outro, como costumamos dizer, empreendidas por Jacques Lacan, proponho a seguinte modulação: ‘aquele com quem se joga nossa partida crucial’. Ele é um parceiro, mas de uma partida essencial, decisiva.


Em tempos de sucesso compulsório é bom lembrar como os analistas são trabalhadores do fracasso.

Quanto mais o ineficaz, o incompreendido e o duvidoso são apagados pelo empreendedor e pelo carismático, mais importa localizarmos o insucesso que dita as coordenadas da experiência analítica.


Sobre uma neurose de futuro

Resenha do livro Barros, R. (2012). Compulsões e obsessões – uma neurose de futuro.


Quanto um autor é capaz de intervir na leitura de sua obra?


Sobre as entradas em análise

Para buscar um terreno menos enganoso e não superpor ingenuamente o início de uma análise ao fato de que os encontros começaram Lacan, sabemos, escolheu a expressão “entrada em análise”. Mas quando entramos? Seguindo firme com a ideia de que na análise o que se conta sobre como fomos afetados vale tanto ou mais do que o acontecido, não é difícil perceber como os sentidos emprestados ao analista nos tocam antes mesmo de encontrá-lo pessoalmente. 


“Os psicólogos, os psicoterapeutas, os psiquiatras, todos os que trabalham em saúde mental, são eles que, na base e na dureza, agüentam toda a miséria do mundo. E o analista, enquanto isso?”

Partiremos desta pergunta lançada por Jacques-Alain Miller a Lacan em “Televisão”. Era uma pergunta provocativa sobre a saúde mental.


Versão reduzida do texto “O acontecimento do inconsciente”


Como podemos pensar diferença entre o corpo implodido e fabricado de hoje do corpo tal como a análise nos leva a considerar? 

É que ela nos mostra como nos sustentamos em peças avulsas, como uma colagem surrealista, simultaneamente pedaços de gozo e de linguagem. Aceitar a aposta do inconsciente é assumir a seguinte premissa: o que nos sustenta como Um não é o que o espelho nos devolve. Esta aposta nos abre à profusão de imagens e de fragmentos que gravitam a nosso redor. É sobretudo nela que encontraremos essa sustentação. 


Tentarei demonstrar que psicanálise tem algo a propor diante do mal-estar da civilização.

Propus-me retomar um texto fundador de Freud para um público interessado, mas não necessariamente intimo dos conceitos psicanalíticos. Entretanto, por ser este um caminho radicalmente diferente ele não é facilmente assimilável. Tentarei então situá-lo não somente com ajuda do texto de Freud como também com algumas contribuições de Lacan especialmente a sua concepção de canalhice.


Relato de um fragmento de passe

Este texto apresenta um testemunho de passe, o relato de um fragmento da análise no autor, em que se visa o ponto em que a análise contou com elementos de linguagem fora do sentido para seu desfecho. Com este fim o autor parte da oposição entre as imagens que se apoiam nos significados compartilhados e naquelas que incluem o que a eles escapa. Destas últimas serão destacadas aquelas relacionadas ao modo de apreensão da relação do autor com seu pai em análise, por outro, as trazidas por um hai-cai de Bashô.  


O chiste e sua relação com as formações do inconsciente

Em seu quinto ano de ensino aberto, ano fundamental em que se articulam inúmeras teses fortes de seu pensamento, Lacan dá a seu seminário o título “As formações do inconsciente”. Este artigo visa introduzir a leitura do seminário a partir da discussão de alguns pontos que configuram seu horizonte e que esboçam algumas de suas portas de entrada


A Estrutura e seus exilados

Uma introdução ao Seminário 5 de Jacques Lacan. Nesta segunda parte trata-se da teoria da psicose pela foraclusão do Nome do Pai e da perversão a partir dos “casos” de Gide e de Mishima.


A estrutura e seus exilados

Uma introdução ao Seminário 5 de Jacques Lacan. Nesta segunda parte trata-se da teoria da psicose pela foraclusão do Nome do Pai e da perversão a partir dos “casos” de Gide e de Mishima.​ 


Respostas a cinco perguntas sobre a diferença entre as três para o público de um jornal. 


A trindade infernal de J. Lacan

Lacan inventa sua trilogia, RSI , exatamente para distinguir e ao mesmo tempo articular essa multiplicidade de base. São três categorias, ou três aspectos, três registros da experiência como prefere descrever. Dizendo rapidamente, há o que há (R), o que se pode representar disso (I) e, nisso, suas marcas, seus traços invariantes (S) – real, simbólico e imaginário, ou ainda, da experiência analítica, sua espessura, sua estrutura e sua textura.


Invertem-se os dados: em vez de “O pai é a origem”, teremos “O que for, para um sujeito, a origem será o pai”

Lacan liberta o pai freudiano da situação concreta, familiar, em que aparentemente estava localizado. Isso tanto responde aos que perguntariam “mas e quando não houver pai?” como deixa claro o quanto função e pessoa devem ser distinguidas em uma análise.  


Sobre a resposta de Freud ao ministro

Freud recebe um ministro do governo que lhe diz: quero fazer análise, mas infelizmente há muita coisa que não posso contar por serem segredos de estado, envolvendo o interesse da nação.


Vamos examinar um encontro memorável de Lacan com alguns médicos afim de abordar o modo como o psicanalista lida com o saber no campo da saúde mental.


“Extended play” do texto “O Homem dos lobos: A atualidade dos casos clínicos freudianos), com exemplos e esquemas não incluídos no texto publicado.